Fazia Poesia

O equilíbrio é uma rasteira

Um olhar sobre o que é leve e o que é pesado na escrita do poema

Árvores

Tenho medo das árvores que dão frutos em seus caules

Viver feliz no século XXI — nº III

nasci de um óvulo comprado do banco

si

A mão move.
 movendo sobre uma tela
 guarnecida de pincel e imaginação — ,
 faz-se; cria-se.
 não só a si (coisa),
 mas também a si (ser, vivente)…

As cadeiras

Quando me nega a vida seu tumulto
É nas cadeiras que eu encontro paz
Confio muito nelas e, aliás,
Conhecem do meu corpo o lado oculto

Fragmentário

Sou um pedaço de mim que
vaga perdido
pelos momentos já vividos.

do desejo

i

numa dança a três
[meu corpo balança imóvel]
eu
você
e o que nos separa

eu também vou esquecer

uma lâmpada solitária
obrigatoriamente acesa
mesmo na sua ausência
pra que o dia seguinte
seja apenas mais um dia
sem…

devo(ra)ção

gosto
quando teu mamilo beija
a linha da vida
na palma da minha mão