Orgasmo de Caos Erótico Infinito

Rodrigo Goldacker
Fazia Poesia
Published in
2 min readSep 16, 2018

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“lava splashing on rocks” by Pierre-Yves Burgi on Unsplash

Eu gostaria de enlouquecer todas as almas

Num orgasmo de um caos erótico infinito,
Num sublime êxtase de prazer indefinido,
Numa mentira plena de docíssima ilusão;

Mas não;

Do iludido doce viriam cáries,

Do orgasmo erótico, exaustão,
Prazer indefinido degeneraria nomes,
Loucura d’almas seria nova convenção da razão;

Um dia, se você precisar,

Eu vou estar lá para conversar,
Para ouvir, se quiser desabafar,
Para aconselhar, se quiser escutar,
Para compreender e aceitar,
Para abraçar e chorar junto,
Para não julgar,
Para lembrar de tudo,
Para pensar no mundo;

Eu queria que juventudes não degradassem injustamente

Em conquistas de uns e fracassos de outros,
No meu momento sereno me compadeço da aflição
Daqueles que caminharam comigo na manhã ingênua,
Éramos todos iguais, todos tão cheios de sonhos,
Por que acabamos em tão distintos destinos?
Somos todos tão os mesmos ainda, todos tão tolos,
Por isso estendo-lhes a mão;

Mas se os resultados insistem em vir,

Que sobre a empatia e a nostalgia,
Que se reflita sobre a ironia do tempo,
Que se relembre dos bairros de subúrbio,
Dos risos e dos erros, da poesia toda
Que perdeu rima, que cansou,
Que empalideceu em qualquer coisa;

Doce, doce, doce ontem!

Tua cárie de palavra já chegou;
Tua incerteza já se fez nomeada,
Teu risco já cedeu à loucura da razão…

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