Nevoeiro no firmamento do paraíso
Lá fora a imensidão do verde cria o paraíso
Montanhas com cumes azuis intocáveis
bocejam sonolentas
Libélulas vagueiam livres
Gotas de orvalho acenam para os minúsculos raios de sol
trazidos pelo amanhecer
Os anjos da última hora tocam suas harpas
Enquanto o céu permanece inalcançável
Escondendo entre as plumas das nuvens
Fragmentos de milhões de arco-íris
E, atrás deles,
Um grande coração nu e cru olha os curiosos
diretamente nos olhos
E os convida a entrar
Para jamais sair
Nevoeiro intenso
Assintomático nos órgãos adormecidos
Predador dos que não dormem
Insônia feita de trapos
Peças soltas
Da criatura obtusa e intrusa
Remexendo no gelo cretáceo
Das emoções absurdas
Nevoeiro nos olhos
Cobrindo estigmas
Disforias
Ainda imaculadas
Tudo tem um nome
Nada
Jamais
Se repete
ichi-go ichi-e
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