Desver

Adriel Alves
Fazia Poesia
Published in
Jan 17, 2024

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Foto de Clément Percheron na Unsplash

Dever da retina é ver rotina
Tenho estudado o desver
Fio de poste, corda bamba de pássaro
Terreno baldio, flor de mato
Canteiro de rua, rio.

Tenho desvisto de tudo
Botado o olho para pensar
Vi detalhes como lupa
Vi as coisas como nunca
Toda vez ao caminhar.

Desver, ofício do poeta
Deixar de ser cego
O invisível é colírio
De trazer brilho à vista
Desver a rua como via.

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