Delírio lexical

Rodrigo Goldacker
Fazia Poesia
Published in
2 min readApr 7, 2024

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Photo by Deleece Cook on Unsplash

Estive num estado do que poderia ter sido,
ou seja, numa fantasia inexpugnável das nomeações,
numa tangente das bóvedas caleidoscópicas mais indômitas,
dançando na mais onírica poética, minha voz neural vivalante
em meio às gentáluas asterismais
dos pensânveros tansugestivos;

Minhas palavras entrelaçadas, bilhérbias uzísticas e clororanéis,
foram como alderâneos ressonando
com a profundidade dos fluidites jacínticos,
daí atravessando ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝ na dervíshica ciberneceânica,
enquanto abrélitos delirantes sussurravam segredos aos ouvidos;

Não necessito do subscritor vermelho do zoíbolo acervânico,
nem da alquimia de findustrizar palmíparames sapiamerenciais,
minhas palavras, em seu pudor perpedurônico,
têm a força de ecoar através da cósmica vastidão de ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝
em seus mais infortuitos e inomináveis recônditos;

E me vi daí numa tassilúrica situação de váulicos sonhos demânticos,
outra vez como o símbolo metafórico dos faunos
perdido nos seus estranhos e eufóricos cânticos,
nas hiperbicéias encruzilhadas dos meus próprios labirintos pneumáticos,
numa dialética de meu próprio ser pós-axiomático, somente nomeado de ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝;

E como desiludido romântico, derramei lágrimas
e assim aquilo que poderia ter sido transformou-se no que sou:
palavras, conjuntos de ecos distorcidos,
uma sombra bailaleante pelos imagéticos signos
de uma realidade que só é algo quando é ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝
e as vesheílidas zamtorveian em musitalvas fulgorosfeirídicas,
envicentarambecantes, quertufiradas, feito anandetas croliorêmizantes,
e assim efluzulcram eruntícites, esbanjando suas malostrefigueiras;

Submergi romanescamente entre painéis vibracionais
d’alvoradas submersas e poeirentos crepúsculos ashanticantes,
tornara-me corpo, inconsumível,
impreterivelmente amalgamado à semântica em desarmonia
d’os grandes écrans aóricos nas telurgias embasbacantes de ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝;

Neste trançado de eras fui ente mórfico dos sublimes devires de ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝,
que me tornei grande nas gestas rútilas à penumbra acolhedora;

Fluoretaram em menoráquias, sutis vertunezantes,
e datínias novatas semearam ylbômedos no fundamento da paisajura,
quiçasma de eledrolhas vívícas, desentulhadas nos aravelados fluxoramas
que sermampeiam, crarcímias, na noite acolhedora
das musas dysanânicas de acetinadas vestes escuras;

Jazigo minometabélico, rectísque languifrispiano,
pelos armagés de espásricos ronvos e emergizações,
sumectar de foisazes latuntes, manivela ícnita de artes eólicas,
brumas em resquícios espasmados de ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝;

A nívea espectropia de minhas abundâncias
perpassa o arbítrio das limitações
de trâmeas e afroníseas que, sob as biculdis, desvamambam sussurrais,
além de tenósidos zanteonares, nos tempos e fulcros de ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝;

Lumaferantes, sob oscilhos otrebiçantes,
vindouras facetáceas, radiabentes de alastrânimes, sonesplêndidas,
lanhaviagantes, devassíveis em tahânquidas, estaceantes desamençadas,
patrolisferam astrianédicas, perfumíresas dos lamurálitos,
nos fados e excessos, esplatobênuos fundos e irônicos de ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝;

Sobrértices artifícios, fulgorastos celansterâneos,
anêmalas talvadamente entrearcençancadas,
dismerofrença-ludismática dum heródico enfático,
noxerimiosas palavras de ̵̵̶̶̧̢̻̩̺̫̭̌͊̾͗́ͩ̐͐̒̆̈́̀̅̄͗̒̄̚͠͝
nas rimas de imasteliones fliverféus, pantomimas da desauriba,
comungo por vetas desferais das tuas embirânticas sinfonias exorbitantes.

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