Anarquistas reikianas, molotovs energizados

Carol Amaré
Fazia Poesia
Published in
2 min readApr 21, 2017

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Se os labirintos da vida,
por vezes tão confusos ficam,
olhemos para trás
para as mulheres de longos vestidos
e garrafadas
suas fogueiras
benzeduras
terra molhada
e água.

Se os deuses em cada um de nós
por vezes colidem com o deus dos demais
dinheiro, bancos e ações
respiremos fundo
e nos lembremos:
que camomila cura culpa,
jasmim, a solidão
e a ação direta, veja bem
nos protege dos sonhos perdidos
pela tv,
veja,
e o patrão.

O carteado de domingo à noite,
o almoço compartilhado,
a horta da vizinha,
os amigos, ali ao lado,
nada disso,
os binóculos
eletrônicos que nos cercam
podem vigiar
podem sequer
entender

Se 1984
já é
realidade
fechemos a via, meu bem
de mãos dadas
juntas,
maiores somos
em número, também,
mas não somente -
um amor e uma idéia,
a compaixão e o respeito,
atravessam balas
percorrem os trilhos
da eternidade

Então, quando as lágrimas vierem,
e nada mais
você se sentir apta a criar
acredite no silêncio das cachoeiras
e lembre-se:
sol, violeta e rebeldia
para curar o coração

E anarquistas reikianas,
jogam molotovs energizados

Anarquistas reikianas,
jogam molotovs energizados

  • este poema foi originalmente publicado no formato de Zine (foto acima) :)

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